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terça-feira, 4 de junho de 2024

Tema: " Agropecuária no México, na Argentina e no Brasil " ( Conexão Geográfica ) by Prof. Roberto.


Tema :


Texto No.01

México e Argentina: PIB agropecuário

Pib : é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. O PIB ( Produto Interno Bruto ) mede apenas os bens e serviços finais para evitar dupla contagem.

O produto interno bruto representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado. O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de quantificar a atividade econômica de uma região.


      Com a criação do Nafta, em 1992 , a economia mexicana apresentou maior crescimento graças aos investimentos estrangeiros e ao aumento das exportações para os Estados Unidos e Canadá.
      Em 2016, enquanto cerca de 33% do valor do PIB mexicano foi formado pela atividade industrial — indústrias de transformação e extrativa mineral, em que a exploração de petróleo participou na formação desse PIB —, a agropecuária participou com 3,6% e os serviços participaram com 63,4%. Na Argentina, a atividade industrial respondeu por 28%, a agropecuária participou com 6% e os serviços com 66%. No Brasil os valores foram respectivamente 23%, 5,3% e 71,7%.

México: agropecuária

  O território mexicano é pouco favorável à agropecuária. A presença de montanhas e de climas áridos e semiáridos reduz a disponibilidade de áreas cultiváveis. Ainda assim, esse setor emprega cerca de 14% da População Economicamente Ativa (PEA) do país (figura abaixo).


     Cerca de 39% do território é ocupado pela pecuária, voltada principalmente para a criação de gado bovino e praticada no centro-norte do país. 

   Os produtos com maior área de cultivo e voltados para o abastecimento do mercado externo são: algodão, sisal, café e cana-de-açúcar. 

   Para o mercado interno são cultivados: milho, batata, trigo, arroz, soja etc. Após a entrada em vigor do Nafta, a produção de milho perdeu espaço diante da concorrência estadunidense. Mas, mesmo assim, por se tratar de alimento tradicional desde o tempo dos astecas e maias, o México é o quinto produtor mundial de milho. Como em toda a América Latina, com exceção de Cuba, há no México grande concentração da propriedade rural: 1% das propriedades concentra 56% da área de terras — na Argentina, que veremos mais adiante, 2% concentram cerca de 50%; no Brasil, 0,9% concentra 44,4%
 

As transnacionais de alimentos no México

    Grandes empresas transnacionais de alimentos têm se estabelecido no México. Compram as melhores terras e orientam a produção para atender ao mercado externo, principalmente os Estados Unidos. Controlam 90% da produção mexicana de algodão, aspargos, morangos, cebolas, hortaliças e outros vegetais. Embora as grandes empresas também cultivem esses produtos nos Estados Unidos, preferem o México, onde podem obter lucros maiores, uma vez que a terra e a mão de obra são mais baratas, além da proximidade do mercado consumidor estadunidense.

Argentina: agropecuária

    A agropecuária ocupa posição importante na economia argentina. Cerca de 60% do valor total de suas exportações é constituído por produtos agropecuários: soja (3o produtor mundial, depois dos Estados Unidos e do Brasil); produtos derivados da soja (maior exportador mundial); milho (7o produtor mundial e 3o exportador); trigo (5o exportador mundial); cana-de-açúcar; girassol (óleo comestível); carne; além de outros.


Circuitos da carne e da soja nos 
Pampas argentinos e no Brasil

    A expressão “circuito” é entendida como rota ou caminho percorrido para se atingir certo lugar. Nos casos da soja e da carne, refere-se, assim, ao caminho percorrido desde a área de produção até o mercado consumidor interno e aos portos de exportação, para chegar ao mercado consumidor externo. Há diferenças marcantes entre os circuitos da soja e da carne na Argentina e no Brasil. A vantagem é argentina.

Na Argentina

     As maiores concentrações de plantio de soja e de criação de gado bovino e ovino na Argentina se encontram na região dos Pampas). Nela concentra-se cerca de 66% da população da Argentina, como vimos anteriormente, o que representa a maior parte de seu mercado consumidor interno.

    O Porto de Rosário permite o atracamento de navios graneleiros de grande porte para o transporte de soja (figura 24) e também de navios frigoríficos para o transporte de carne. Assim, desse porto partem navios até portos marítimos situados em outros países, como a China. Grande parte das propriedades agropecuárias argentinas se localiza a cerca de 300 km de distância do Porto de Rosário que, por sua vez, está aproximadamente a essa mesma distância de Buenos Aires. Entretanto, a infraestrutura de transporte na Argentina — rodoviária, ferroviária e hidroviária —, assim como no Brasil, apresenta problemas ou gargalos para o escoamento de grãos — soja, milho, trigo etc. Há congestionamentos de caminhões nas estradas e nos portos para descarregar os grãos e demora para transferi-los para os navios durante o pico da safra. Mas, mesmo assim, os produtores rurais argentinos levam vantagem em relação aos do Brasil, principalmente aos da Região Centro-Oeste. Essa vantagem ocorre porque na Argentina os produtores rurais não estão distantes do mercado interno de consumo, representado pelas indústrias e pelos próprios criadores de gado, que usam o farelo de soja como ração animal, e também por não estarem distantes dos portos de exportação. Além disso, o tempo de espera causado pelos congestionamentos de navios graneleiros e frigoríficos nos portos da Argentina é menor do que nos portos brasileiros. Esses fatores conferem vantagens competitivas e mais ganhos aos produtores argentinos.


No Brasil: a soja e a carne na Região Centro-Oeste

        O Brasil foi o 2o maior produtor de soja no mundo em 2017, atrás apenas dos Estados Unidos. A produção de soja no mundo em 2017 foi de 337 milhões de toneladas, sendo que os Estados Unidos produziram 120 milhões de toneladas desse total e o Brasil, 116,996 milhões de toneladas. O Mato Grosso foi o maior estado produtor de soja brasileiro e o Paraná, o segundo. Só o Mato Grosso produziu, em 2017, 32 milhões de toneladas de soja. Também em 2017, o Brasil possuía o maior rebanho de gado bovino e foi o maior exportador dessa carne. A Região Centro-Oeste é a que responde pela maior produção de soja e é a que possui maior rebanho de gado bovino. Veja as figuras abaixo. (figuras 25, 26 e 27).





Google Maps ( Abaixo )



Texto No.02

Tema: “Agropecuária no México,

Argentina e Brasil”


México

  • Participação no PIB (2020):

    • Setor primário (agropecuária): 4,1%.

  • Características geográficas:

    • Território pouco favorável à agropecuária devido à presença de montanhas e climas áridos/semiáridos.

  • Emprego:

    • 12% da População Economicamente Ativa (PEA) trabalha na agropecuária.

  • Pecuária:

    • 39% do território é utilizado para pecuária, com destaque para a criação de gado bovino no centro-norte.

Principais produtos:

    • Exportação: algodão, sisal, café, cana-de-açúcar.

    • Mercado interno: milho, batata, trigo, arroz, feijão.


  • Impacto do NAFTA:

    • A produção de milho sofreu com a concorrência dos EUA, mas o México ainda foi o 6º maior produtor mundial em 2020/21.

  • Concentração de terras:

    • 1% das propriedades detêm 56% das terras.

  • T ransnacionais de alimentos:

    • Empresas controlam 90% da produção de vários cultivos, voltados principalmente para o mercado externo (EUA).

    • Consequências: redução da área de cultivo de alimentos tradicionais como milho e feijão, aumento da carência alimentar e mudanças nos hábitos alimentares.


Argentina

  • Participação no PIB (2020):

    • Setor primário: 6,6%.

    • Cerca de 60% das exportações são produtos agropecuários.


  • Regiões agropecuárias:

    • Região pampeana (Pampa úmido):

      • Terras férteis, produção mecanizada.

      • Principais produtos: trigo, soja, milho; criação de bovinos e ovinos.

      • 50% dos produtos agrícolas argentinos e 66% do rebanho bovino estão nesta região.

    • Região extrapampeana:

      • Condições naturais diversificadas.

      • Culturas regionais: algodão, cana-de-açúcar, frutas, vinhas, oliveiras.

      • Patagônia: criação extensiva de ovinos, com exportação de lã.

  • Circuitos da soja e carne:

Vantagens argentinas:

    • Proximidade entre áreas de produção, mercado interno e portos de exportação (Buenos Aires, Rosário).

    • Menor tempo de espera nos portos comparado ao Brasil, conferindo vantagens competitivas.




Brasil

  • Participação no PIB (2020):

    • Setor primário: 6,8%.

  • Produção de soja:

    • Maior produtor mundial nas safras 2020/2021 e 2021/2022.


    • Principais estados produtores: Mato Grosso, Rio Grande do Sul.

  • Pecuária:

    • Maior rebanho de gado bovino e maior exportador de carne bovina.

  • Região Centro-Oeste:

    • Maior produção de soja e maior rebanho bovino do país.


  • Desafios logísticos:

    • Longas distâncias até os portos de exportação, especialmente do Centro-Oeste ao Porto de Santos (mais de 2 mil km).


  • Dependência do transporte rodoviário, que aumenta os custos em relação à Argentina e EUA.

  • Infraestrutura deficiente: Rodovias malconservadas, altos custos de pedágios, congestionamentos em portos, falta de integração entre rodovias, ferrovias e hidrovias.




Vamos ver abaixo um vídeo 

para compreender melhor o tema

Assistam...

VÍDEO : Agropecuária no México,

 Argentina e Brasil.

E agora vamos pra

parte mais interessante...






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